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Terceira idade volta à sala de aula na região


Publicado em terça-feira, 16 de julho de 2013 às 07:00

Por: Andrea Ciaffone
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   Quando se está chegando aos 20 anos, tudo o que se quer é terminar logo a faculdade. Depois de algumas décadas, a pessoa muda e a pressa típica da juventude acaba se convertendo num desejo de continuar indefinidamente frequentando a universidade. É isso que vem acontecendo com os alunos dos diversos cursos voltados para a terceira idade oferecidos por escolas da região.
  
   “Percebemos que, conforme o período do curso ia chegando ao fim, os alunos ficavam ansiosos com a perspectiva de perder o estímulo que as aulas e o convívio proporcionam”, diz a professora Marilene Bombana, coordenadora da Fati (Faculdade da Terceira Idade), iniciativa ligada à Fefisa (Faculdades Integradas de Santo André), desde 2002. 

   “Diante desta realidade, mudamos o esquema do curso e, a partir deste ano, os alunos escolhem os módulos de aulas de acordo com seu interesse pelo assunto sem ter de jamais deixar a faculdade”, conta Marilene, que vem registrando crescimento de 20%, em média, na procura por inscrições nos últimos anos. Cerca de 90% dos matriculados são mulheres.

   “Os homens de gerações mais antigas carregam um conceito de masculinidade que rechaça tudo o que possa parecer fragilidade. Portanto, para eles, a posição de aluno é desconfortável”, diagnostica a coordenadora, que ressalta que isso está mudando e que um número cada vez maior de homens que estão desembarcando agora na terceira idade tem um posicionamento mais flexível e se interessa por voltar a frequentar as salas de aulas. Além disso, elas são a maioria no universo da terceira idade, o que contribui para o número elevado de alunas.

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